De repente, estava eu num emaranhado de pensamentos, sentimentos, emoções, sensações, e acompanhada de estranhas presenças. Presenças que os meus olhos físicos não enxergavam, porém, algo em mim, algo que mexia profundamente nas minhas entranhas, na minha pele, alertava-me e dizia-me o tempo todo: você não está só.

Confesso que no princípio, não era nada bom de perceber e de sentir. Minha vida tinha mudado por completo naquela ocasião. Então, aos 34 anos, logo após o meu casamento, via-me diante de algo inesperado: a senhora Mediunidade deu ar das graças e, com ela, uma porta abriu-se – a porta para o mundo astral.

Comecei a sentir os espíritos, a sentir uma realidade muito nova. Na verdade, eu estava vivendo num total pesadelo. O mundo parecia viver dentro de mim.  Estava eu depressiva, invadida, impotente. Eu sofria.

Mas é claro que tinha que ser assim! Tudo que estava acontecendo comigo provava a seguinte lei: “A VIDA LHE TRATA COMO VOCÊ SE TRATA”.

Eu estava na encrenca. Eu era a própria encrenca.  A frustração, a maledicência, a vaidade, o egoísmo, o medo, o orgulho, o vitimismo, enfim, tudo isso contribuia para que eu atraísse através da minha Mediunidade, os espíritos perdidos, confusos, desiquilibrados, os chamados Encostos e Obsessores. Tudo certo! Toda a afinidade aí! Toda projeção do meu mundo interior plasmada na minha realidade! Salve, salve a Lei da Atração! Atuante, plena, eficaz, exata e justa!

Assim, começaria  o meu processo de autoconhecimento: mudando crenças e olhares; aceitando-me, respeitando-me, equilibrando-me; recebendo, estudando, observando e praticando o dom/presente que a vida tinha-me concedido. [E ate hoje estou nesse trabalho]